segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Vida


Gilad Shalit era um garoto que como eu, amava os Beatles
e os Rolling Stones. Gilad Shalit, soldado israelense
foi sequestrado de sua vida por mais de cinco anos.
Um belo dia, saiu para mais um dia de ronda e não voltou.
A vida continua. Para os amigos, que comemoram aniversários.
Para a ex-namorada, que se casou. Para os familiares que
empurraram a sujeira para baixo do tapete. Mais fácil viver
assim. Gilad tem a saúde perfeita. Suas pernas e seu
equilíbrio estão em ordem, mas ele não os usa. Não pode.
Ele não está de férias. Está em um minúsculo cativeiro,
torcendo pela sua vida. Sente falta de seu guarda-roupa.
De seus discos. De correr no parque. De ir e vir. Guilat não
sabe se ele vai ter tudo isto novamente. Ele nem sabe se vai
estar vivo amanhã. Okay, ninguém sabe, mas a sorte não
parece estar beneficiando nosso intrépido protagonista.
Cinco anos é um longo período. Para não estar no controle
de sua vida. Quantas vezes ele não sonhou com sua liberdade
de volta, sua vida, seus planos ou falta deles. Ele foi libertado.
Agora tem sua vida inteira pela frente. Possivelmente com
algumas seqüelas. Físicas, psicológicas? Pergunte a ele com
sua vida se reestabelecendo, se cinco anos foi um longo tempo.
Pode ter sido, mas passou e agora Gilad vai dar muito mais
valor a vida. Ao que importa. E se usei a palavra "vida"
vezes demais neste texto é porquê tem um porquê.
Para Gilad ou para mim, viver é o que importa.
     

domingo, 30 de outubro de 2011

Homenagem


Eu e minha motoca, singela e querida homenagem
do meu amigo Edu Di Lascio, que ilustra muito!
Valeu, Edu!
    

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sonho II

Para este tipo de resposta também:

      "JONES, ISSO AQUI NÃO É UM HOBBY, NÃO É UMA DIVERSÃO, ISSO AQUI É UMA PAIXÃO, É UM ESTILO DE VIDA E UMA FAMÍLIA! E, EM SENDO UMA FAMILIA, TEMOS NOSSOS DESENCONTROS E NOSSAS DESAVENÇAS. MAS, DESDE QUE NÃO FAÇA O MAL, NÃO QUEIRA O MAL DE SEUS FAMILIARES, NÃO FALTARÃO PESSOAS PARA ESTAR AO SEU LADO SEMPRE QUE VC QUISER.

     NOS FALAMOS PESSOALMENTE APENAS UMA VEZ NO TEYDI, INFELIZMENTE NÃO ME SINTO NA LIBERDADE DE ESTAR MAIS PRESENTE,  MAS VOCÊ FAZ PARTE DESSA HISTÓRIA, VOCÊ É PARTE INTEGRANTE NAS CONVERSAS, VOCÊ CAUSA FELICIDADE NAS PESSOAS QUANDO APARECE, ESSA PAIXÃO QUE CORRE NAS SUAS VEIAS, NÃO PODE COAGULAR POR UM INCHAÇO, NÃO SE PERMITA ISSO!!
     O TWO WHEELS BRAZIL SERIA UM POUCO DIFERENTE COM A SUA PRESENÇA, E TENHO CERTEZA QUE VOCÊ TBM ESTARIA DIFERENTE SE ESTIVESSE PRESENTE.

     ESPERO PODER LHE VER NO TWB EM 2012, NEM QUE TENHAMOS QUE LHE RETIRAR DE SUA CASA (E NOS OUTROS EVENTOS QUE ESTÃO POR VIR AINDA ESTE ANO)!!! VC FAZ PARTE DISSO!!!!
     

Sonho


Para quê eu escrevo? Para obter este tipo de resposta:

isse tudo, o Claudião mesmo não estando presente 
sempre ira fazer parte dessa história pois pessoas como 
ele são especiais e se fazem lembrar sempre onde tenha 
alegria, amizade e amor pelas motos. Me sinto lisonjeado 
de ter sido citado no post, pois como já disse varias vezes, 
a intenção do evento pra mim seria conhecer e interagir 
com os amigos que compartilham a mesma paixão que eu, 
pois aqui na minha região isso não existe e foi oque rolou, 
faltou o Claudião pois o blog dele sempre foi referencia pra 
mim mesmo antes dessa terrível e penosa situação pela qual 
ele passa, mas tenho muita fé que ele logo sai dessa 
e torço muito pra que isso aconteça.
      

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um sonho, uma briga


Sonho meu. Geralmente, não lembro. Você lembra de sonho
seu? Mas desta vez acordei e lembrei-me deste que posto-me
a contar-lhes. Estava com meu irmão Arnaldo em uma loja
cheia de alambrados vendo uma super miniatura de moto
para minha não intensionada mas grande coleção. Esta era
do tamanho de uma cabeça de fósforo. E aí a bagunça
começou. Alguns bullies grandes queriam bater em outro
cara grande mas visivelmente apavorado e sozinho.
Um alambrado os separava. Daqui a pouco o rapaz grande
e apavorado estava a uns trinta metros de mim. Em direção
a saída e três destes folgadões tiravam satisfação. O mancebo
grande só queria chispar dali, diante da eminente surra
covarde que tomaria. Apenas alguns moleques compunham
a "turma do deixa disso". Adultos não se metiam, arrisco-me
a dizer que até estavam excitados. Alguns ávidos por sangue.
Saí imediatamente da minha zona de conforto e rapidamente
saí correndo em direção a chacina que lá ocorreria em poucos
momentos. Alçado a único integrante da delegação dos "brigar
para quê" interrompi a contenda com argumentos do tipo
brigar para quê. Expliquei a todos grandalhões minha doença,
que fui obrigado pela situação a aprender a dar valor ao que
realmente importa e que brigar (qualquer tipo de discussão)
é aplicar energia boa em algo pequeno, desnecessário e inútil.
Acabou a briga. Acabou o sonho. Acordei satisfeito. Não por
ter lembrado de algo que nunca lembro, não por ter corrido
ou andado com total autonomia (sonho meu) mas por ter
feito o que achei que tinha que ser feito. Por fazer o certo.
Por dar sem pedir ou receber nada em troca. Por disseminar
minha crença. Por estar melhor e saber que sou uma pessoa
melhor. Acordei satisfeito e feliz por algo grande, necessário
e extremamente útil.
     

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Rat Fink


      

Face This, Book


Auto-ajuda é um termo relativamente novo (para mim)
e eu interpreto como seu Corolla se auto-concertando ou
auto-trocando o pneu. Máximo dos máximos é seu Honda
Fit trocando lâmpadas em casa. Consertando um vazamento.
Mais novo ainda é Rede Social. Acabei de ser introduzido
em uma rede. E jurava que Rede Social era você compartilhar
sua cama suspensa com mais pessoas independente da dor
nas costas. Não sou muito antenado com novidades, i-phones
e etcetera. Não sou nenhum Rick Wakeman, nem Cãozinho
dos Teclados. Sei o básico. Sou de um tempo em que um bom
publicitário tinha que ter boas idéias e não operar um computador
como um piloto de F-16 endiabrado. Sou tiozinho, calma lá com
estas novidades cibernéticas. Mas eis que adentrei o tal de
Facebook. Parei o filme antes do meio e ainda não sei direito
para quê serve. Mas adentrei, Quer saber? Se esta tal rede social
me der mais um leitor, já está valendo.
Sem dor nas costas, por favor.
      

domingo, 23 de outubro de 2011

Two Wheels Brasil


Cinqüenta purça. Esta era a probabilidade de eu ir ao evento
Two Wheels. E por mais que quisesse, hoje deu os outros
cinqüenta. Cansado, indisposto e extremamente inchado
e vergonhoso, não fui. Queria encontrar e pôr uma cara,
um rosto e uma voz nos amigos cibernéticos. Não deu.
Faço a mea-culpa e peço desculpas ao Hadys, ao Sergião
do blog Two Wheels, ao Rei dos Harlystas do sul, ao Lord,
ao pessoal do Kultura Kustom Brasil, Subversiva, Bittenco,
HD Shovelhead e muitos outros que estão por aí me dando
força. E já que o texto é de rasgação de seda, aproveito 
para agradecer o aprendizado e influência dos grandes
customizadores brasileiros que tive o prazer de conhecer:
Chrys Miranda, Targino, Fernando Costa, Cabelo e galera
de Sorocaba, Teydi e outros que possa ter conhecido.
E aos amigos e organizadores do Two Wheels: Paulo Joe
King, Edu Mendes e Rodolfo Rod. Eis que a seda foi rasgada.
      

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

(Meu?!) Futuro

      

Novo SUV Kia 2012

                                            

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mr. Stein


Raios Tesla cibilam pelos espaços abertos do meu laboratório.
Líquidos coloridos borbulham em seus recipientes. Estes graças
ao estojo do cientista mirim que adquiri no shopping. Gelo
seco, brinquedos tenebrosos, bichos empalhados e luz fraca
garantem o clima  soturno do local. Meu fiel escudeiro chama-se
Wladimir, mas chamo o corcundinha de Ígor. Seu Ígu, diria
o zelador. Os grandes devem estar orgulhosos de mim.
Mel Brooks, Mary Shelley, criadores de cientistas malucos
e cientistas malucos curvem-se a minha humilde genialidade.
Frankestein, desculpe-me dizer mas perto da minha criatura,
você é apenas um arremedo mau acabado de monstro.
Agora você já sabe. O criador aqui está criando uma criatura.
Devo fazer uma mea-culpa. A parte física está negligenciada.
O estojo do cientista mirim não ensina isto. O monstro está
todo comprometido. Bem mais inchado, gordo pelos remédios,
falta de atividade física e excesso de boa comida, a criatura está
feia. Bem feia mesmo. Isto sem falar no braço e perna esquerdos
sem sensibilidade e atrapalhadinhos, da falta de equilíbrio,
da visão prejudicada e da pança proeminente. Mas a parte
psicológica é que vai muitíssimo bem. Troquei com sucesso
se não todo, mas a grande maioria do ódio do coração da criatura.
Implantei doses maciças de paciência nela, carinho e fofura.
Substituí a amargura por "amar cura", um jogo de palavras
que meu invento parece ter assimilado muito bem. Também
incuti em sua cabeçola que dar é melhor que receber
e surpreendeentemente meu invento está seguindo esta máxima
ao máximo. Mas o monstrengo e seu coração não passam
incólumes em nenhum lugar e por mais altivo que esteja com
estas mudanças internas, o visual incomoda nosso protagonista.
Ainda preciso misturar mais uns líquidos coloridos e capturar
alguns raios. Ígor, a tempestade está vindo, prepare-se.
      

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Truth II


O Facebook até que é legal:
Coloquei uma verdade e ganhei outra.
      

Truth



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

R.I.P. Steve Jobs


Genial. Mais um que a doença venceu...
    

Time


Ah, vou me expôr demais em um texto destes. Ah, se este fosse
o problema. O problema é que o cerne de tal texto é refutado
por mim ao mesmo tempo que ele surge. Então pronto. Taí, vou
escrever sobre isto. Sobre o quão mais perto da morte eu estou
em relação a você. Blengh (barulho de compainha negando
tal estapafúrdio. Ou pode ser o barulho de um carimbo carimbando
a palavra "refutado", você decide). Posso estar mais doente que
você, mais avariado que você, em uma situação mais periclitante
que a sua, posso até dizer que estou mais fudido que você mas não
que estou mais perto de morrer do que você. Você sai hoje a noite
e uma Porshe em alta velocidade diminui a sua velocidade. Ou
você é atropelado. Toma um tiro em um briga que não é sua. Ou é.
Um infarte fulminante. Um cofre que cai em sua cabeça. Improvável?
Vai saber. Remoto? Pode ser. Impossível? Possível. Mas com uma
doença destas, como pensar em fazer planos, como pensar em velhice?
E o que a doença tem a ver com isto? Puxa vida, é verdade. Então
não vou sair. Se não sair, não colido com um carro à milhão, não sou
atropelado, não me meto em briga, nem cofre cai na minha cabeça.
Abro uma lata de conservas, fico em casa e morro de uma intoxicação
alimentar. Caio no banho. Um infarte fulminante. Um vazamento
de gás. Então se todo mundo está praticamente na mesma merda,
para quê tudo isto? Para terminar este texto com os clichês mais
óbvios e ululantes possíveis. Não faça planos tão longínquos.
Curta a vida que a vida é curta. Caixão não tem gaveta.
É meu amigo, life is a bitch, né não? But I like it.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ameba


Oi truta, você que só quer subir o rio sem nenhum urso
cinzento acabar com sua tarefa continua a subir o rio.
Sem pensar, sem analisar. Apenas subir o rio, esta é sua
missão. Assim como a ameba, a truta só executa sua função.
Não sei o que a ameba tem que fazer, mas como a truta, ela
só faz. Nada de pensar. Não me venha com pensar. Não me
venha com dúvidas para resolver. Só tenho que subir a porra
da corredeira evitando estas patas e dentes extremamente
cortantes. E nem é por religião, tradição, algo que vovô truta
e paps truta faziam. Pensar é o que difere você da truta.
Pensar é o que difere você da ameba. A sua missão é fazer
da sua missão (seja ela qual for) o mais agradável possível.
Não está feliz? Mude. Tente truta, não faça disso tudo apenas
uma subida de rio. 

      

domingo, 2 de outubro de 2011

Matetática


Era sentar diante do computador e o meu cérebro, hospedeiro
de inquilinos não desejáveis já ficava ávido por ensaiar uma mágica.
Juntar letrinhas em algo atraente, consoantes e vogais que sozinhas
são solitárias, juntas tem o poder de fazer um estardalhaço. Pelo
menos aqui dentro. E agora o síndico aqui fica mais inibido,
achando que tudo que tinha de comunicar já foi feito. Setecentos e
quarenta e dois textos falando sobre esta doença punk. Quinhentos
e setenta e sete textos sobre valores e princípios. Quatrocentos e um,
um pout-porri sobre a doença e valores. Cento e oitenta sobre
o porquê não escrever mais. Este seria o momento do final feliz mas
na vida dura e real, não é assim que funciona. No news is good news.
A doença está controlada (espero eu), mas os efeitos continuam aqui,
firmes e fortes. O catar milhos é que não me parece mais tão firme.
Mas é sobre o que sei escrever. É sobre o que aprendi a escrever.
E principalmente, é sobre o que quero escrever. E como escrevendo
chego a conclusões, este não seria diferente. Se me faz bem, 
continuarei. Setecentos e quarenta e dois se tornarão mil, 
quatrocentos e oitenta e quatro textos sobre esta doença punk 
e assim por diante. Amén?